REVIEW: GUERREIRO AMERICANO 4 (American Ninja 4: Annihilation, 1990)

AMERICAN NINJA sem Michael Dudikoff é o mesmo que pizza sem Coca-Cola. Não dá jogo. Não teve David Bradley que o substituísse. Sendo assim, resolveram trazer o homem de volta para o quarto filme da série. Na verdade, parece que haviam algumas obrigações contratuais e Dudikoff não teve como escapar. Mas só a sua presença neste aqui já coloca AMERICAN NINJA 4 muito acima do episódio anterior.

No entanto, se procurarem o cartaz no Google ou no Bing (quem usa Bing?), vão perceber que aparecem juntos o Michael Dudikoff E o David Bradley. Já que, infelizmente, o Steve James dessa vez não estava disponível, mantiveram o Bradley no elenco.

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Mas vamos à trama. Bradley começa AMERICAN NINJA 4 como suposto protagonista. Do capítulo anterior pra cá, de alguma maneira, seu personagem, Sean Davidson, se tornou um agente do governo americano. O sujeito é então enviado a mais um país subdesenvolvido qualquer para resgatar um grupo de soldados americanos que foi capturado por ninjas comandados por um sádico e ganancioso militar britânico que toca o terror no local. E para mostrar a incompetência do Bradley, não demora muito para ele ser capturado e colocado junto com os reféns que ele deveria resgatar.

É aí que o governo americano convoca alguém que sabe das coisas. Um herói de verdade. É aí que entra o bom e velho Joe Armstrong de Dudikoff. O sujeito chega no local, arrebenta com todos os ninjas que aparecem à sua frente, se junta a um bando de rebeldes vestidos de figurantes de MAD MAX, invade a base de treinamento ninja, encara o mestre ninjitsu – algo que nunca pode faltar – derruba o poderoso vilão, resgata todo mundo que o Bradley deveria resgatar, inclusive o Bradley, e caminha em direção ao por do sol. The End.

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A direção de AMERICAN NINJA 4 ficou sob a responsabilidade do mesmo indivíduo do filme anterior, Cedric Sundstrom. Pelo visto, ele aprendeu com seus erros. De uma forma geral, as sequências de ação até que não são ruins. Claro, elogio uma evolução do Sundstrom na direção mesmo tendo consciência de que falta muito feijão para o sujeito ser um Sam Firstemberg. No entanto, o filme possui algumas lutas bem encenadas, uma boa dose de tiros e explosões, alta contagem de corpos que vão dar conta de divertir o público certo.

Só para dar um exemplo, há uma cena em que um grupo de ninjas ataca Dudikoff. No meio da luta, dois ninjas seguram os braços do herói enquanto um terceiro lhe atira uma flecha. O protagonista simplesmente segura o objeto com os DENTES! E não é só isso! Com um movimento de cabeça, ainda com a flecha presa na arcada dentária, ele consegue “apunhalar” o pescoço de um dos ninjas! Expliquem-me, como não gostar de um filme que possui uma cena dessas?

Em comparação com os dois primeiros AMERICAN NINJA, AMERICAN NINJA 4 ainda perde feio, mas tem lá sua graça, especialmente depois que Dudikoff entra em cena. O quinto filme volta a ser do David Bradley. E volta a ser uma grande decepção também…

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